Em um evento surpreendente ocorrido em Mato Grosso do Sul, um ladrão invadiu uma farmácia com uma demanda pouco usual. Em vez de sair com o caixa cheio, ele estava atrás de um medicamento específico. Capturado em vídeo, o episódio tem gerado conversa nas redes sociais e chamado a atenção para uma questão frequentemente negligenciada: a necessidade de se discutir o pagamento do adicional de periculosidade para farmacêuticos.
Estes profissionais, frequentemente atuam na linha de frente quando se trata de saúde pública. Além da dispensação de medicamentos e aconselhamento, também estão expostos a riscos que vão além da exposição a substâncias químicas e biológicas. Este caso em Mato Grosso do Sul ressalta a urgência de se debater sobre a segurança desses profissionais. A invasão de uma farmácia com o objetivo de obter um medicamento específico ilustra um novo nível de periculosidade no ambiente de trabalho, que vai além dos riscos já conhecidos e exige uma reavaliação das políticas trabalhistas vigentes.
A exposição ao risco de vida e o abalo emocional a que os farmacêuticos estão sujeitos são fatores que não podem ser ignorados. Enquanto outras profissões que enfrentam riscos semelhantes, como policiais e bombeiros, têm adicionais de periculosidade incluídos em suas remunerações, a categoria de farmacêuticos frequentemente fica à margem dessa discussão.
Este incidente serve como um gatilho para a reivindicação de melhores condições de trabalho para os farmacêuticos, incluindo o pagamento do adicional de periculosidade. A medida não apenas valorizaria o trabalho desses essenciais profissionais de saúde, mas também reconheceria os riscos ocupacionais aos quais estão expostos.
O evento, que poderia ser facilmente descartado como um caso isolado, acende um alerta e deve servir como impulso para que tanto empregadores quanto autoridades políticas revejam as condições de trabalho desses profissionais. Afinal, quando a vida dos que cuidam da nossa saúde está em risco, é um sinal de que a sociedade precisa reavaliar suas prioridades.
O episódio bizarro em Mato Grosso do Sul é mais do que um caso isolado; é um alerta para as condições de trabalho dos farmacêuticos em todo o país. Agora é o momento para abrir o debate e lutar por mudanças significativas na profissão.
Fonte: Federação Interestadual dos Farmacêuticos.