Em reunião realizada na noite da última terça-feira (25), representantes das principais centrais sindicais e movimentos sociais do país se reuniram com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência da República), no Palácio do Planalto, para discutir a proposta de reforma do Imposto de Renda enviada recentemente ao Congresso Nacional. Um dos principais pedidos das centrais foi a isenção total do Imposto de Renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos trabalhadores.
Atualmente, o valor da PLR de até R$ 7.640 é isento de IR. A partir desse teto, passa a incidir a tabela progressiva do imposto, que varia de 7,5% a 27,5%. A proposta das centrais é que qualquer valor de PLR seja completamente isento de tributação, garantindo que o benefício chegue de forma integral aos trabalhadores que contribuem para os lucros das empresas.
Durante o encontro, o ministro Fernando Haddad apresentou os principais pontos da proposta de reforma do Imposto de Renda, que também prevê a ampliação da faixa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil mensais. O governo busca apoio das entidades sindicais para que o projeto avance no Congresso Nacional. Haddad, porém, não concedeu entrevista após o encontro.
Além da isenção sobre a PLR, as centrais solicitaram que a reforma inclua a dedução de despesas com certificações e cursos de qualificação profissional na área de tecnologia da informação (TI). Segundo os representantes, o setor deve empregar mais de 800 mil pessoas nos próximos anos, sendo estratégico para o desenvolvimento nacional.
O ministro Márcio Macêdo destacou a importância do diálogo com os movimentos sociais e sindicais na construção de uma proposta mais justa de reforma tributária, especialmente no que se refere ao combate às desigualdades sociais. A Secretaria-Geral da Presidência divulgou nota oficial relatando os temas debatidos e as entidades presentes.
A isenção sobre PLR, no entanto, ainda não foi confirmada como parte da proposta oficial, embora tenha sido um dos pontos defendidos com ênfase pelas entidades sindicais.
FEIFAR APOIA ISENÇÃO DA PLR PARA TRABALHADORES
A Federação Interestadual dos Farmacêuticos (FEIFAR) declarou apoio à proposta de isenção total da PLR do Imposto de Renda, ressaltando que os farmacêuticos também são beneficiários desse tipo de remuneração variável em diversas redes de farmácias, laboratórios e empresas do setor da saúde.
Para a entidade, isentar a PLR é uma forma de valorizar o esforço coletivo dos trabalhadores, assegurando que o retorno financeiro pelo bom desempenho das empresas seja sentido de forma mais significativa no bolso dos profissionais.
A FEIFAR reforça ainda que acompanha atentamente a tramitação da reforma do IR no Congresso e que continuará atuando em articulação com outras entidades para garantir mais justiça fiscal e reconhecimento ao trabalho desempenhado pelos farmacêuticos em todo o Brasil.
Fonte: Agência Brasil / Federação Interestadual dos Farmacêuticos (FEIFAR).
