O Ministério da Saúde iniciou o processo de avaliação para a incorporação do medicamento Ozempic (semaglutida) ao Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão, aguardada para o primeiro semestre de 2025, promete um impacto significativo na saúde pública brasileira, especialmente no controle da diabetes tipo 2 e obesidade.
O Ozempic é um medicamento inovador, já aprovado pela Anvisa, que tem demonstrado eficácia não apenas no controle da glicemia, mas também na redução de peso e prevenção de complicações graves associadas à diabetes, como problemas cardiovasculares. Sua possível inclusão no SUS oferece à população uma ferramenta poderosa para tratar e controlar essas condições, que afetam milhões de brasileiros.
Caso aprovado, a presença de farmacêuticos no acompanhamento do tratamento será essencial. Esses profissionais desempenham um papel fundamental no controle da diabetes, ajudando na adesão ao tratamento, monitorando possíveis efeitos colaterais e orientando os pacientes sobre o uso correto do medicamento. “A inclusão do Ozempic no SUS beneficiará não só os pacientes, mas fortalecerá o trabalho integrado de saúde pública, com os farmacêuticos na linha de frente do cuidado,” destaca Renato Soares Pires Melo, presidente da Federação Interestadual dos Farmacêuticos (FEIFAR).
Com a diabetes e a obesidade sendo consideradas epidemias globais, a distribuição do Ozempic pelo SUS representa um avanço significativo. Além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, a medida pode reduzir os custos com internações hospitalares e complicações graves, como amputações e doenças cardiovasculares.
Atualmente, o SUS oferece tratamento para obesidade focado em dietas, exercícios e apoio psicológico. A possível inclusão de um medicamento como o Ozempic marca uma evolução no tratamento disponível, ampliando as opções terapêuticas para milhões de brasileiros.
A avaliação e possível incorporação do Ozempic ao SUS são passos promissores no enfrentamento de dois dos maiores desafios da saúde pública: diabetes e obesidade. Com o apoio de farmacêuticos e demais profissionais da saúde, o Brasil pode avançar em direção a um sistema mais eficiente e inclusivo, beneficiando diretamente os pacientes e reduzindo os custos de longo prazo para o SUS.
Fonte: Federação Interestadual dos Farmacêuticos (FEIFAR), com informações do Ministério da Saúde.