Porto Velho (RO), 17 de abril de 2025 – O Sindicato dos Farmacêuticos de Rondônia (SINFAR) atuou de maneira decisiva para a suspensão da proposta de terceirização da gestão de unidades públicas de saúde do estado, incluindo o emblemático Hospital e Pronto Socorro João Paulo II.
A proposta, que previa um contrato emergencial estimado em R$ 500 milhões por ano, foi suspensa nesta quarta-feira (16) após forte mobilização de entidades de classe, servidores públicos da saúde e a intervenção do deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB). O parlamentar solicitou formalmente a suspensão do processo, enfatizando a necessidade de um debate amplo com os profissionais da área da saúde para evitar prejuízos irreversíveis à qualidade do atendimento público.
O governador Coronel Marcos Rocha, atendendo ao pedido, determinou a imediata paralisação da contratação. Além disso, a Controladoria Geral do Estado (CGE) instaurou procedimento para apurar os riscos associados à contratação emergencial, como a possível configuração de emergência ficta, falta de planejamento, risco à competitividade e insegurança jurídica e orçamentária.
Em seu pronunciamento, o deputado Marcelo Cruz destacou a necessidade de preservar a transparência, a legalidade e a continuidade dos serviços essenciais à população, reafirmando o compromisso com a defesa do SUS e dos recursos públicos.
Desde que surgiram os primeiros indícios de tentativa de terceirização, o SINFAR se mobilizou fortemente. O sindicato manteve diálogo com os parlamentares, denunciou publicamente os riscos à sociedade e articulou ações junto a outras entidades da saúde para impedir o avanço desse projeto, considerado lesivo à estrutura pública de atendimento.
Para a vice-presidente do SINFAR, Dra. Lérida Vieira, a suspensão da proposta representa uma vitória da sociedade e dos trabalhadores da saúde. Ela classificou a terceirização como “uma medida danosa para a sociedade e para os servidores públicos de carreira”.
“A terceirização compromete o serviço público de saúde, fragiliza a carreira dos servidores, além de abrir espaço para interesses privados naquilo que deveria ser exclusivamente um direito da população. Seguiremos firmes na defesa da saúde pública e dos interesses coletivos e individuais da categoria farmacêutica”, declarou Dra. Lérida.
O Sindicato dos Farmacêuticos de Rondônia reafirma, com esta ação, seu papel histórico na defesa de um Sistema Único de Saúde (SUS) público, gratuito e de qualidade, além do compromisso com a valorização dos profissionais da saúde. A entidade continuará vigilante e atuante para evitar qualquer retrocesso que comprometa a dignidade e a segurança da assistência à população rondoniense.
Fonte: Sindicato dos Farmacêuticos de Rondônia – SINFAR